Do alto de uma arvore eu observava
Nu ele se ajoelhou
De sua boca sairam serpentes de fogo
Com peçonhas cheias de mel
E de seu ânus sangravam estrelas cadentes
Que serviriam de alimento para esqueleticos barrigudos da etiópia
Apenas os escolhidos
Seus olhos choravam treponema e esperma
Que penetravam a vagina de Gaia indo de encontro ao seu nucleo
Ele suava como que aquelas larvinhas de mosca sendo que de luz
As crianças vomitaram ascaris lumbricoides que devoravam a anti materia defecada pelo anti-cristo
Eu vi
Foi assim
Enquanto conversava com deus
E após trinta e dois mil novecentos e quarenta e sete dias
Às 11h11 de uma quarta feira primaveresca
Gaia pariu um cão enorme
Suas patas traseiras tocavam o mar
E todo o mar se fez em urina
Suas patas dianteiras tocavam o céu
E todo o céu se fez em céu
Os homens quiseram morrer
Mas esqueceram rapidamente
Alguns morreram mesmo
As mulheres se agarravam ao falo canino
A fim de serem perdoadas
Mas os carrapatos mamaram naquelas de mamilos rosados
E só elas tiveram a paz
Pois que eles eram anjos
Devido a poluição o olho do melhor amigo do Homem irritou-se
E guerreou com sua pata dianteira esquerda
Uma bolha nasceu e dela choveu confete e pus
Os filhos dos homens na chuva se batizaram
Cantando louvores: "Abençoado seja meu cacete duro sob o signo putrefato de Anubis"
E Deus viu que era bom
Hercules comeu o cu-único das tres velhas irmãs
Mas Zeus não parou de chorar abraçado à Priapo
Pois elas devorariam os olhos e mamilos de seu filho
Diante tudo isto eu me masturbava
Gozei o tempo
E quem assim quis, pôde esquecer
Os que preferiram continuar, me empalaram
construiram catedrais em meu nome
E me fizeram santo
E eu nem chorei
Papai do céu cuida do Haití
Satanás não mais tinha para onde ir
Nada aconteceu como previsto pelas antigas escrituras
Estava perdido
Era bonito
E eu lhe disse que poderia dormir em minha cama
Nos beijamos
E TUDO viu que era bom
Nos mais altos arranha-céus colhiamos maçãs
Desnudadas de seu pecado
Vislumbravamo-nos com o conhecimento
E podiamos voltar à ingenuidade
Bastava cagar nos pastos e adubar a grama
Nossos filhos povoaram as estrelas
E ensinaram seus filhos a esquecer de contar
Pois que era tudo infinito
Eu já havia sido esquecido
Eu nunca havia sido
Os verbos não mais se conjulgavam passado e futuro
Nada de "ia, era, ora, erá, ai, ou..."
Era sempre agora
São todos silenciosos
Quebram o silêncio apenas para dizer "É"
Eu sou
Eu só
eus
Eu
É
Adorei esse mistura muito-louca de mitologias...
ResponderExcluirUm texto pesado, sufocante (li rapidamente, pois assim me foi exigido) e lindo.
Voltarei mais e mais vezes!
Bem forte o texto. O mar de urina. As mulheres agarradas ao falo.
ResponderExcluirAbraço
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ResponderExcluir...uma viagem, um delírio...
Beijos de luz e o meu agradecimento pela gentil visita!
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Oi Bal. Antes, obrigada pela visita. Gostei da coerência do teu blog. Teus textos refletem bem o perfil com o qual vc se definiu. Abraço.
ResponderExcluirObrigada pela visita, Bal!
ResponderExcluirVolte sempre!
Tenha um ótimo dia!!
Monikisses!
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?uid=4720930904065724649&rl=t
ResponderExcluirSim-sim, adoraria em escrever em outro blog! Esse é o meu perfil do orkut, me passar o seu e-mail ou enfim e a gente conversa melhor.
Beijos
(Pode apagar se quiser)
enlouqueci, escandalizei. adorei!
ResponderExcluirvaleu pela visita :) vou voltar SEMPRE aqui!
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ResponderExcluirDe primazia me pareceu mórbido...
mas, adorei a forma com que escreve.
Diria, que é quase unico.
Parabéens.
E agradeço a visita!
Abraço