domingo, 12 de abril de 2009

Profanação

Muitas vezes me sinto meu pai
Não como pai de mim mesmo
Não pela autonomia
Nem pelo gosto da orfandade

Me sinto mesmo
José Marinho Tavares Filho

E sorrio

No que respiro
No que me toco
No que me vejo

Por agora sou
José Marinho Tavares filho

E sorrio
E sinto medo

Sigo sem querer
Sendo meu pai

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