segunda-feira, 27 de abril de 2009

Covardia

Gostava de ser GRANDE
Destemido
Cavalo do cão

Maravilhado com o crime
Batia as sete leguas do inferno
Trançava as bestas feras
E sorria aos quatro ventos

desvirtuado
Pervertida sua graça
Confusão
agente do caos imaculado

Dispararam palavras na casa de seus pais
Quebraram as janelas
Cuspiram no chão
Prostituiram sua má dama


Desonrado
Virou-se no satanás
Vermelhou-se de brasas
Tremeu sobre os cascos

Pela primeira Era-se era a morte

De sua Avalon trouxe um pau de fogo
Montou em sua gigantesca mosca
Gravido de vingança
Pensava ir parir justiça

Encontrou o que queria
Arremessou com força suas palavras
Mas não quebrava nada
Estava cego

O pau de fogo clareou a escuridão de seus olhos

Foram duas balas
Uma em cada Imaginária
Rasgaram-se sonhos, memorias e vaidades
E ele?

Sorria

Choravam seus filhos
Sua mulher
Seu pai
Sua mãe
E eu

Sumiu com a primeira brisa
Mas sempre volta

Quando voltar
Mais do que janelas encontrará quebrado

Ainda estarão chorando

Porque uma bala descansa no tambor
E essa bala...





... É dele.




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