quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Todo dia

Hoje o sol se pôs pintando as nuvens; furta-cor de chamas
Todos olhavam para os lados ou para o chão
talvez a procura de almas gemeas, moedas ou lentes de contato perdidas
Mas o sol não se importa. Goza seus raios num embate apaixonado
contra e a favor da penumbra
que borda delicadamente o vestido negro da lua
as pessoas?
continuam indo e vindo
algumas ao chegar em casa comem pão com manteiga, deitam e dormem sozinhos
esquecidos das estrelas.

-De tão belos são tão raros-

Sol
nuvens
chão
a busca pelas almas gemeas
moedas e lentes de contato, sejam encontradas ou não
A escuridão que se aproxima
a lua
pães com manteiga
o sono dos esquecidos
estrelas constantes e suicidas
seja a aurora boreal ou as tramas do bordado da xita
tão pleno no que percebo  sempre pela primeira e ultima vez.

2 comentários:

  1. Doce, doce, doce!
    Muito boa a divisão com essa frase. "De tão belos são tão raros". ;)

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  2. nao consigo crer em tanto talento...e tanta "aflição" junto...mas seu lado bom sempre prevalece! gostei muito desses "dizeres"...
    assim como gosto do seu ser! ;)

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