sábado, 28 de fevereiro de 2009



Desculpem-me

Ele roçava os labios em seus labios mais improprios. Ela não sabia dizer porque seu corpo parecia estalar em brasas. Furtivas lagrimas se misturavam com o sorriso tremulo. Ela não encontrava sentido. Ela não estava lá. Perderam-se todos, os sentidos.

E o tempo pareceu parar quando ele a segurou pelas ancas e a pôs de costas para si.

...Seu coração dispara...

Ela não entendia porque.

Ele acariciava seu corpo com gentileza. Deslizava as mãos por fendas estreitas. Admirava. Ela sentiu o corpo estremecer, sentiu medo. Como quem ora ele se prostou entre suas pernas, deitou-se sobre aquela fragil criatura e fez do pequeno quarto o mais perfeito retrato de sodoma.

Dor.

Ela rangia os dentes e cravava as unhas no colchão velho. Seus dois olhos, outrora vivo brilhante, deram lugar a dois olhos de peixe morto perdidos no espaço. E ela não sabia entender porque.

O corpo macho se tornara convulsivo, cheio de esquecimento e movimentos desordenados. Balbuciava, arfava. Enterrava-se com tanta força que tocava e machucava as mais profundas rubras partes da pequena. 

FIM.

Os lençois desforrados acolheram desconsertados o branco e o vermelho que escorriam aliviados. O quarto acomodou um cheiro característico de um tipo sexo. Ele se levantou, caminhou até uma luzinha vermelha que em momento nenhum deixou de piscar e desligou-a. Ela não entendia o quê, por quê

A tão poucos anos certas coisas não são faceis de entender ...

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