segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Medo de bala

Eu tenho medo de bala
O cu se fecha; se cala
Eu tenho medo
É segredo
Eu caio em pranto
e me canto
Me viro em fera
Quimera
Desapareço
e me esqueço

2 comentários:

  1. Eu tenho medo do medo,
    por isso sou cru
    e azedo.
    Do silêncio do meu cu,
    tiro um grito
    e uma risada
    e desta vida sem medo
    o que me sobra
    é o nada!

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  2. Medo de Bala é leve quase como um Haikai, lembra Leminsk tem uma sonoridade maravilhosa é um poema maduro de um poeta que domina plenamente o ofício da comunicação, realmente um artista multi-facetado. Parabéns... (Priya Drsti)

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